Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Ferry São Miguel para em alto-mar e passageiros ficam à deriva por mais de uma hora

Nesta segunda-feira, 21, passageiros que embarcaram no ferry São Miguel enfrentaram momentos de apreensão e revolta. A embarcação saiu do terminal do Cujupe às 15h, mas parou de funcionar após apenas cinco minutos de navegação, deixando todos à deriva em alto-mar.

Mais de uma hora depois, nenhuma explicação oficial foi dada pela equipe a bordo ou pela administração do ferry. A informação que circula entre os passageiros é que teria ocorrido uma falha no motor, mas até agora não há confirmação por parte da empresa responsável.

A situação gerou revolta entre os usuários, que reclamam principalmente da falta de comunicação e de respeito com quem depende do transporte.

“Ninguém diz nada. Estamos aqui, parados no meio do mar, sem saber o que está acontecendo. É um absurdo!”, relatou uma das passageiras.

Até o fechamento desta matéria, a empresa operadora do ferry São Miguel não havia se pronunciado oficialmente sobre o ocorrido. Também não há previsão de retomada da viagem nem de resgate da embarcação.

Este caso volta a chamar atenção para a falta de manutenção nas embarcações que operam a travessia entre São Luís e a Baixada Maranhense. Passageiros denunciam que problemas como atrasos, panes mecânicas, superlotação e estrutura precária são frequentes, colocando em risco a segurança de todos.

A equipe do blog aguarda posicionamento oficial das autoridades competentes e da empresa operadora. Seguimos acompanhando o caso.

Acusado de homicídio, prefeito João Vitor Xavier se entrega à autoridade policial

O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), foi preso nesta terça-feira (15), após se apresentar voluntariamente à polícia. Ele é acusado de ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no último dia 6 de julho.

O pedido de prisão foi feito no dia 8 de julho, mas a Justiça só concedeu a ordem na manhã da segunda-feira (14). Desde então, as forças de segurança intensificaram as buscas pelo prefeito, o que acabou levando à sua rendição.

João Vitor Xavier se apresentou na Delegacia Geral, acompanhado de seus advogados. Ele passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, será colocado à disposição do Poder Judiciário.

A prisão do gestor marca um importante passo no andamento do caso e gera expectativa da população por justiça no crime que chocou a região.

Justiça decreta prisão do prefeito de Igarapé Grande por morte de policial em vaquejada

Na manhã desta segunda-feira (14), o juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara de Pedreiras, determinou a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). Ele é acusado de ter matado, a tiros, o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante a 35ª Vaquejada do Parque Maratá, que aconteceu no último dia 6 de julho, em Trizidela do Vale.

A decisão foi tomada após análise do pedido feito pelo delegado Márcio Coutinho, que conduz a investigação. Como o prefeito tem foro por prerrogativa de função, o pedido de prisão foi inicialmente enviado ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). O processo chegou a ser direcionado ao Órgão Especial da Corte, mas acabou sendo redistribuído para uma das Câmaras Criminais Isoladas, conforme determinação do desembargador Jorge Rachid, seguindo as regras do Regimento Interno do tribunal.

Após o ocorrido, João Vitor pediu afastamento do cargo por 125 dias, alegando problemas emocionais e a necessidade de cuidados psiquiátricos. Mesmo fora da prefeitura, ele continua recebendo seu salário normalmente.

Com a prisão decretada, a Polícia Civil deve cumprir o mandado de prisão contra o prefeito a qualquer momento. João Vitor segue afastado de suas funções no município enquanto o caso segue em investigação.

Jovem denuncia pai por abuso sexual e tentativa de silenciamento com contrato de sigilo

Uma jovem usou suas redes sociais para fazer uma grave denúncia contra o próprio pai. Em uma série de publicações no Instagram, ela relata ter sido vítima de abuso sexual por parte dele durante cerca de um ano e meio, além de ter sido coagida a assinar um contrato de sigilo com cláusula de indenização em troca do seu silêncio.

Segundo a jovem, que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especial da Mulher de São Luís, após os abusos, ela assinou o contrato para conseguir arcar com tratamentos médicos e psiquiátricos. No entanto, afirma que, cerca de um mês depois da assinatura, o pai passou a ameaçá-la e tentar coagi-la a apagar as provas que possuía — incluindo fotos, vídeos e mensagens.

“Eu estava vivendo minha vida normalmente, quieta, me cuidando e tentando manter minha cabeça longe de tudo isso”, escreveu a jovem.

Ela afirma ainda que a pressão psicológica e a tentativa de silenciamento se intensificaram, levando-a a uma tentativa de suicídio no mês anterior.

A jovem também desabafou sobre o impacto emocional da situação:

“Eu nunca vi meu pai com outros olhos, sempre o admirei. Era minha referência na advocacia, meu espelho. Mas ele jamais me viu como filha.”

Além disso, ela acusa o pai de ter bloqueado seus pagamentos e tentado expulsá-la do apartamento onde vive, alegando que estaria tentando se passar por amante para descredibilizá-la.

“Ele me abusou como pôde e depois me dispensou como se eu fosse uma vagabunda qualquer.”

A denúncia está acompanhada de documentos, incluindo o registro policial, no qual constam os crimes de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) e violência doméstica contra a mulher.

Prefeito é suspeito de matar policial militar durante vaquejada no interior do Maranhão

Um crime chocante marcou a noite deste domingo (6), durante uma vaquejada realizada no município de Trizidela do Vale, a cerca de 280 km de São Luís. O policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos foi baleado e morto no local. O principal suspeito do homicídio é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos.

De acordo com relatos de pessoas que estavam no evento, João Vitor teria se envolvido em uma discussão que acabou evoluindo para um confronto mais grave. Durante a confusão, o prefeito teria sacado uma arma e disparado pelo menos cinco vezes contra o policial.

Geidson Thiago chegou a receber atendimento médico e foi levado às pressas para um hospital em Pedreiras. Devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para uma unidade de saúde com maior estrutura, mas não resistiu.

João Vitor é sobrinho de Erlanio Xavier, ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o atual prefeito declarou ter ensino médio completo e se identificou como estudante, bolsista ou estagiário nas eleições de 2024.

O caso está sendo investigado como homicídio. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a prisão do prefeito, nem detalhes esclarecidos sobre a motivação do crime.