A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) apresentou, na manhã desta quinta-feira (4), o vigilante Luiz Carlos Machado de Almeida, suspeito de executar o mecânico Irialdo Batalha na frente de populares, no último dia 28, na cidade de Vitória do Mearim.
Luiz Carlos está preso desde a noite dessa quarta-feira (3), quando foi capturado por policiais do Serviço de Inteligência da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar do município de Viana. O vigilante estava em um quarto alugado no bairro da Forquilha, em São Luís.
Entenda o caso
Irialdo Batalha foi executado com dois tiros na cabeça no dia 28 de maio, após uma perseguição policial na cidade de Vitória do Mearim. A vítima já estava caída no chão e desacordada, quando foi assassinada. O crime foi registrado, em vídeo, por populares e chocou o Estado.
Segundo a SSP, os disparos foram feitos por Luiz Carlos que, mesmo sendo só um vigilante, estava acompanhando uma operação policial para prender suspeitos de assaltar um comércio na região. A SSP afirmou que o mecânico estava em uma moto com o seu amigo Diego Ferreira, quando furaram uma blitz policial na BR-122, que visava encontrar uns assaltantes. Na ocasião, Irialdo e Diego foram perseguidos e baleados, para que parassem.
Ainda de acordo com a SSP, os policias teriam ido prender Diego, e o vigilante ficou com o Irialdo, que estava caído, para não deixá-lo fugir. Mas, Luiz Carlos acabou executando o mecânico na frente de várias pessoas.
Segundo testemunhas, a Polícia Militar local presenciou a execução e ainda ajudou o autor do homicídio a colocar o corpo de Irialdo dentro de um carro policial.
A família da vítima nega que Irialdo Batalha fosse um criminoso, e afirmou que o mecânico nem armado estava e nada justifica a sua execução em via pública.
“Ele era um rapaz querido pela família, era uma pessoa boa, prestativo. E não é porque ele morreu que estou dizendo isso, mas a gente via como ele era no dia a dia. Queremos falar da nossa indignação com a polícia do Maranhão, não toda a polícia, mas esses cidadãos que fizeram isso. A gente ficou sem entender a ação da polícia, pois meu primo não reagiu e nem tinha arma, estava indefeso no chão”, disse um primo da vítima em entrevista à rádio Mirante AM, um dia após o crime.