Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Polícia ouve depoimentos sobre ataque a aldeia indígena no Maranhão

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O Governo do Maranhão informou que as investigações para identificar os autores do ataque a uma aldeia indígena no último domingo (30) iniciaram com o depoimento de agricultores, posseiros e indígenas que moram no local. De acordo com as autoridades, um inquérito policial foi aberto para investigar o crime.

O diretor do Hospital Tarquínio Lopes Filho, Newton Gripp, disse nessa terça-feira (2) que o índio Aldelir de Jesus Ribeiro, 37 anos, não teve as maõs decepadas, como havia sido informado pela Pastoral da Terra, Comissão de Direitos da OAB-MA e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). De acordo com o diretor, o índio teve fratura exposta causada por espancamento, mas a mão ficou presa por estruturas musculares e tendões, pois o osso partiu. Ele já passou por cirurgia e se recupera bem.

Ao todo, 10 ficaram feridos entre índigenas e fazendeiros durante o confronto segundo o Cimi. O Governo do Maranhão diz que foram sete, sendo cinco índios e dois fazendeiros. Os Cinco indíos foram transferidos para São Luís e três ainda continuam internados no Hospital Tarquínio Lopes.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio da Costa, aformiu nessa terça-feira (2) que devido a um corte de 44% no orçamento do órgão, “mão de obra escassa” e grande volume de processos impossibilitam o acompanhamento de todos os pedidos de demarcação de terras indígenas protocoladas no órgão.

Os índios da etnia Gamela reivindicam a posse de mais 14 mil hectares no interior do Maranhão. O grupo cobra que a Funai abra processo para demarcação do território.

O presidente da Funai afirmou ainda que enviou servidores do órgão ao Maranhão para acompanhar as investigações. Ele relatou ainda que tomou providências jurídicas para que a Procuradoria da fundação monitore o inquérito policial que apura o caso.

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