“Eu pretendo, nos próximos 30 dias, tomar uma posição sobre isso”, disse Cunha, em um café da manhã com jornalistas. “Temos uma equipe da Secretaria-Geral (analisando o tema) e, a parte, também estou consultando vários juristas por fora”, afirmou, sem revelar os nomes dos especialistas.
O pedido do MBL foi apresentado no fim de maio, após uma caminhada dos manifestantes de São Paulo até Brasília. Cunha disse já ter arquivado neste ano alguns pedidos de impeachment, mas levou o do coletivo, que tem mais de mil páginas, para análise técnica da Câmara e encomendou pareceres de juristas de fora da Casa. O presidente da Câmara é o responsável por dar andamento ou não a solicitações desse tipo.
Apesar de fazer duras críticas ao governo, Cunha disse que o impedimento não pode ser a salvação do cenário de impopularidade e ingovernabilidade que ele vê nos dias de hoje. “Essas coisas têm que ser resolvidas na política. O impedimento constitucional é um fato grave”, disse.