Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Para especialistas, massacre de Suzano revela culto às armas e estado de barbárie

Especialistas ouvidos pelo GLOBO avaliam que o ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano , exige reflexões sobre violência que vão além de facilitar ou dificultar o acesso a armas de fogo. Com os atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, foram encontrados itens variados, como um revólver calibre 38 com numeração raspada, machados, equipamento para preparar coquetéis molotov e uma balestra — misto de espingarda com arco e flecha.

A origem dos armamentos ainda não foi totalmente esclarecida. Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope, alerta que a conduta dos criminosos traz à tona um “estado de barbárie”.

— É uma tolice, neste momento, discutir a ferramenta utilizada antes de investigar a motivação por trás daquilo. Chamou a minha atenção o segundo rapaz, que entra com o machado e desfere golpes em pessoas que já estavam mortas. É um nível de selvageria inexplicável — afirmou Storani. — O problema é muito mais grave do que armar ou não a população. Estamos falando de um ambiente de falta de respeito à vida do outro.

 

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