O jornal Hoje desta sexta-feira (21), relatou o fim triste da história da luta diária de uma paciente brasileira. (clique aqui e veja a reportagem)
A dona Hilda, assim como milhares de outras pessoas, precisava viajar distâncias muito longas para conseguir se tratar no hospital.
O ônibus voltava de São Luís com pacientes da cidade de Pinheiro que fazem hemodiálise na capital, quando a idosa passou mal. A viagem é longa. Eles gastam 3h para ir e 3h para voltar. Ao chegar na porta do hospital, a entrada da idosa não foi autorizada e, assim, ela morreu no local.
A reportagem de Alex Barbosa mostrou que há dois meses, dona Hilda Ferreira Barbosa, 65 anos, participou de um protesto pedindo a conclusão das obras e a abertura do Centro de Hemodiálise em Pinheiro. Ela já demonstrava cansaço por conta das viagens e da dificuldade em conseguir tratamento.
“Eu vou porque sou obrigada, porque se não fosse eu não ia… e quando chega uma hora dessas a gente tá morto de cansado”, contou.
Em 2014, o governo do Maranhão tinha em caixa quase R$ 7 milhões para a construção de sete novos Centros de Hemodiálise no estado. Quatro anos se passaram e as obras nunca foram concluídas. Enquanto isso, pacientes renais crônicos chegam a viajar 10h para se tratar em São Luís.
A Secretaria de Saúde do Maranhão lamentou a morte da paciente e disse que havia orientado a dona Hilda a permanecer na capital e ainda, apesar do que foi mostrado na reportagem, a dona Hilda recebeu toda a assistência necessária no hospital de Pinheiro.
A Secretaria disse também que vai inaugurar um serviço de hemodiálise em Pinheiro até o fim do mês “pra dona Hilda é tarde demais”, finalizou a apresentadora Sandra Annenberg.