A greve dos bancários chegou aos 30 dias de paralisação em todo o país. Trabalhadores e bancos ainda não entraram em acordo e não há previsão para que o trabalho seja retomado.
A paralisação deste ano já é considerada a mais longa desde 2004, quando também chegou aos 30 anos, sendo a primeira campanha nacional unificada entre funcionários de bancos públicos e privados. A segunda greve mais longa da categoria foi em 2013, totalizando 24 dias.
Os trabalhadores pedem reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, acima da inflação de 9,31%. Além de participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Atualmente, os bancários recebem piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.
A última proposta da Fenaban (Federação Nacional de Bancos), no dia 28 de setembro, foi de reajuste de 7% e um abono de R$ 3,5 mil, com aumento real de 0,5% para 2017. A última assembleia realizada pela categoria em São Paulo, na segunda-feira (3), decidiu pela continuação da greve.
Para justificar o pedido, os trabalhadores lembram que os banqueiros ganharam R$ 30 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre do ano.
Com informações da Agência Brasil