Na última sexta (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu estabelecer a bandeira amarela nas contas de luz a partir de novembro. Com isso, os consumidores irão pagar R$ 1,50 a mais para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A agência tomou a decisão baseada na piora das condições de geração de energia em razão da seca. Para economizar a água das hidrelétricas, são acionadas usinas térmicas, que usam combustíveis fósseis e tem um custo mais alto para produzir energia.
Tais usinas possuem um custo de geração maior que R$ 211,28 por megawatt-hora (mWh), tornando necessária a bandeira amarela.
Desde abril, estava em vigor a bandeira verde, que não representa custo adicional para o consumidor final. Entre as razões para a manutenção da bandeira verde, a Aneel apontava a evolução positiva das chuvas e também a redução da demanda por energia elétrica, causada pela retração econômica, e também a entrada de novas usinas no sistema.
A decisão da Aneel foi influenciada pela seca nos reservatórios do Nordeste. Os meteorologistas apontam para secas severas no Norte e Nordeste durante o próximo período chuvoso, com previsão de chuva entre 35% a 45% da média histórica das regiões.