Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Acusado de homicídio, prefeito João Vitor Xavier se entrega à autoridade policial

O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), foi preso nesta terça-feira (15), após se apresentar voluntariamente à polícia. Ele é acusado de ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no último dia 6 de julho.

O pedido de prisão foi feito no dia 8 de julho, mas a Justiça só concedeu a ordem na manhã da segunda-feira (14). Desde então, as forças de segurança intensificaram as buscas pelo prefeito, o que acabou levando à sua rendição.

João Vitor Xavier se apresentou na Delegacia Geral, acompanhado de seus advogados. Ele passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, será colocado à disposição do Poder Judiciário.

A prisão do gestor marca um importante passo no andamento do caso e gera expectativa da população por justiça no crime que chocou a região.

Justiça decreta prisão do prefeito de Igarapé Grande por morte de policial em vaquejada

Na manhã desta segunda-feira (14), o juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara de Pedreiras, determinou a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). Ele é acusado de ter matado, a tiros, o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante a 35ª Vaquejada do Parque Maratá, que aconteceu no último dia 6 de julho, em Trizidela do Vale.

A decisão foi tomada após análise do pedido feito pelo delegado Márcio Coutinho, que conduz a investigação. Como o prefeito tem foro por prerrogativa de função, o pedido de prisão foi inicialmente enviado ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). O processo chegou a ser direcionado ao Órgão Especial da Corte, mas acabou sendo redistribuído para uma das Câmaras Criminais Isoladas, conforme determinação do desembargador Jorge Rachid, seguindo as regras do Regimento Interno do tribunal.

Após o ocorrido, João Vitor pediu afastamento do cargo por 125 dias, alegando problemas emocionais e a necessidade de cuidados psiquiátricos. Mesmo fora da prefeitura, ele continua recebendo seu salário normalmente.

Com a prisão decretada, a Polícia Civil deve cumprir o mandado de prisão contra o prefeito a qualquer momento. João Vitor segue afastado de suas funções no município enquanto o caso segue em investigação.

Jovem denuncia pai por abuso sexual e tentativa de silenciamento com contrato de sigilo

Uma jovem usou suas redes sociais para fazer uma grave denúncia contra o próprio pai. Em uma série de publicações no Instagram, ela relata ter sido vítima de abuso sexual por parte dele durante cerca de um ano e meio, além de ter sido coagida a assinar um contrato de sigilo com cláusula de indenização em troca do seu silêncio.

Segundo a jovem, que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especial da Mulher de São Luís, após os abusos, ela assinou o contrato para conseguir arcar com tratamentos médicos e psiquiátricos. No entanto, afirma que, cerca de um mês depois da assinatura, o pai passou a ameaçá-la e tentar coagi-la a apagar as provas que possuía — incluindo fotos, vídeos e mensagens.

“Eu estava vivendo minha vida normalmente, quieta, me cuidando e tentando manter minha cabeça longe de tudo isso”, escreveu a jovem.

Ela afirma ainda que a pressão psicológica e a tentativa de silenciamento se intensificaram, levando-a a uma tentativa de suicídio no mês anterior.

A jovem também desabafou sobre o impacto emocional da situação:

“Eu nunca vi meu pai com outros olhos, sempre o admirei. Era minha referência na advocacia, meu espelho. Mas ele jamais me viu como filha.”

Além disso, ela acusa o pai de ter bloqueado seus pagamentos e tentado expulsá-la do apartamento onde vive, alegando que estaria tentando se passar por amante para descredibilizá-la.

“Ele me abusou como pôde e depois me dispensou como se eu fosse uma vagabunda qualquer.”

A denúncia está acompanhada de documentos, incluindo o registro policial, no qual constam os crimes de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) e violência doméstica contra a mulher.

Prefeito é suspeito de matar policial militar durante vaquejada no interior do Maranhão

Um crime chocante marcou a noite deste domingo (6), durante uma vaquejada realizada no município de Trizidela do Vale, a cerca de 280 km de São Luís. O policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos foi baleado e morto no local. O principal suspeito do homicídio é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos.

De acordo com relatos de pessoas que estavam no evento, João Vitor teria se envolvido em uma discussão que acabou evoluindo para um confronto mais grave. Durante a confusão, o prefeito teria sacado uma arma e disparado pelo menos cinco vezes contra o policial.

Geidson Thiago chegou a receber atendimento médico e foi levado às pressas para um hospital em Pedreiras. Devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para uma unidade de saúde com maior estrutura, mas não resistiu.

João Vitor é sobrinho de Erlanio Xavier, ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o atual prefeito declarou ter ensino médio completo e se identificou como estudante, bolsista ou estagiário nas eleições de 2024.

O caso está sendo investigado como homicídio. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a prisão do prefeito, nem detalhes esclarecidos sobre a motivação do crime.

Fernando Braide critica tentativa do governo estadual de maquiar reajuste para militares

O recente anúncio do Governo do Estado sobre um suposto reajuste de 20% para policiais e bombeiros militares gerou revolta entre profissionais da segurança pública e provocou reações no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão. Um dos parlamentares a se posicionar sobre o assunto foi o deputado Fernando Braide (Solidariedade), que criticou a forma como o governo tem lidado com a categoria e cobrou respeito aos profissionais que arriscam a vida diariamente em defesa da população.

Durante seu discurso, Braide afirmou que o governador mais uma vez tenta enganar a população, utilizando números manipulados para tentar criar uma imagem positiva diante de uma medida que, na prática, não corresponde ao que foi anunciado. “Ele mesmo já admitiu que não são 20%, mas sim apenas 14%. Isso gera indignação, porque os militares esperam reconhecimento real, não propaganda”, afirmou.

Fernando Braide também pontuou que o discurso do governo não condiz com a realidade fiscal do estado. Ele destacou que, nos últimos anos, o Maranhão passou por sucessivos aumentos de impostos, o que garantiu alta na arrecadação estadual, mas não se refletiu em melhorias efetivas na valorização do servidor. “O governador aumentou o ICMS, aumentou arrecadação, mas e agora? Cadê esse dinheiro?”, questionou.

Ao final do discurso, o deputado reforçou a necessidade de que o governo revise o projeto e conceda os 20% integrais aos militares. “Se ele quer mesmo se destacar na segurança pública, tem aqui a oportunidade de se retratar”, concluiu.