Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Presos da 34ª fase da Lava Jato fazem exames no IML

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os sete presos da 34ª fase da Operação Lava Jato fizeram hoje (sábado) de manhã o exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, em Curitiba. Eles estão detidos na carceragem da Polícia Federal (PF) e o exame, que é procedimento padrão após a prisão, começou às 10h10 e durou pouco mais de 40 minutos. Os presos que fizeram o exame são: Julio César Oliveira Silva, Ruben Costa Val, Luiz Eduardo Neto Tachard, Danilo Baptista, Francisco Kindelan, Luiz Eduardo Carneiro e Luiz Claudio Ribeiro.

Três dos sete presos na fase mais recente da Lava Jato, a Operação Arquivo X, vão prestar depoimentos à Força Tarefa na segunda-feira (23). Ontem (sexta-feira), os procuradores do Ministério Público Federal só conseguiram ouvir quatro investigados.

Os depoimentos são tomados na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A Força Tarefa tem urgência em ouvir os investigados porque as prisões são temporárias, válidas até segunda-feira (26), se não forem prorrogadas ou convertidas em preventivas.

Delegados da Polícia Federal e procuradores do Ministério Público tiveram que dividir tarefas para garantir o cumprimento dos prazos. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é o principal investigado da operação, mas responde à investigação em liberdade desde que a prisão dele foi revogada. Ele chegou a ser preso na quinta-feira, dia da operação, mas foi solto algumas horas depois. Três núcleos de corrupção são investigados na 34.ª fase da Lava Jato. A Força Tarefa analisa contratos para a exploração de petróleo do pré-sal entre a Petrobras e um consórcio formado pela OSX Construções Navais e pela Mendes Junior Engenharia.

O ex-ministro da Fazenda é suspeito de ter pedido uma doação de cinco milhões de reais ao empresário Eike Batista, dono da OSX, para pagamento de dívidas de campanha.

Também são investigados repasses feitos pela Mendes Junior para o operador financeiro João Augusto Resende Henriques, ligado ao PMDB.

A terceira linha de investigação se concentra em contratos fictícios que teriam sido firmados com empresas ligadas ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-deputado André Vargas, ambos presos no Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

 

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