Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Teresa Murad é cassada e Ricardo Murad fica inelegível por 8 anos

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A prefeita do município de Coroatá, Teresa Murad, e sua vice, Neuza Muniz, tiveram hoje (13) os mandatos cassados pela Justiça. A decisão foi da juíza da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, Josane Farias Braga.

Teresa Murad e sua vice foram acusadas por abuso de poder político e econômico, durante a campanha de 2012. A ação foi movida pela Coligação “Coroatá Crescendo com Liberdade”, do candidato a prefeito e sindicalista Domingos Alberto (PT).

A juíza determinou o imediato afastamento da prefeita de Coroatá e de sua vice em razão do secretário de Saúde, Ricardo Murad, ter iniciado a construção de 13 poços artesianos em pontos estratégicos do município, durante a campanha eleitoral. O pior é que o secretário deixou as obras abandonadas depois das eleições.

Na decisão, a juíza Josane Braga ainda torna Teresa e Ricardo inelegíveis por oito anos. A magistrada determinou a imediata posse do presidente da Câmara Municipal para comandar a Prefeita de Coroatá. A decisão ainda cabe recurso.

Compromissos de Flávio Dino com o empresariado são destaque em revista

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O governador eleito Flávio Dino foi destaque na revista “Comércio em Revista”, distribuída pela Federação do Comércio do Maranhão (Fecomércio). A revista traz na edição as propostas apresentadas pelo governador eleito, que além de contemplar o empresariado maranhense no Programa de Governo, já dá indícios de que promoverá no Estado um ambiente de negócios mais saudável.

A revista “Comércio em Revista” registrou a expectativa do empresariado maranhense, representado pela Fecomércio, ACM, CDL, Faema e Fiema, com as ações do governador eleito Flávio Dino que inicia seu trabalho a partir de 1º de janeiro. Depois de ouvir as entidades representativas e incorporar propostas apresentadas pelo empresariado, Flávio Dino dá mostras de que concretizará seu projeto para o setor.

Em diálogos constantes com o empresariado, Flávio Dino defendeu a transparência, a honestidade e o combate à corrupção para ampliar os investimentos empresariais no Estado. Atento a este compromisso, o governador eleito sinalizou a criação da Secretaria de Transparência e Combate à Corrupção, quando indicou o advogado Rodrigo Lago para cuidar da pasta.

Outra demanda do setor era a ampliação da infraestrutura para potencializar o empreendedorismo no Estado. O primeiro passo para atender a esta diligência também foi dado por Flávio Dino quando indicou Artur Cabral para assumir a Empresa Maranhense de Transportes Urbanos, órgão a ser criado na sua gestão.

A matéria destaca as perspectivas do empresariado maranhense que aguarda as ações do novo governo. Em uma das declarações de Flávio Dino destacadas pela revista, ele garante: “os empresários terão em mim um parceiro leal”.

Bens patrimoniais desaparecem da Prefeitura de Raposa e Talita Laci é novamente denunciada

Talita Laci - Raposa

Depois das denúncias feitas no Ministério Público Federal contra Talita laci (PC do B),  novas denúncias podem complicar ainda mais a vida da filha do ex-prefeito ficha suja José Laci, condenado a 5 anos de prisão, em regime semi-aberto, na Penitenciária de Pedrinhas.

Vários departamentos da Prefeitura, como Finanças, Educação, Assistência Social, dentre outros, comunicaram ao Prefeito Clodomir de Oliveira, em relação detalhada, quais foram os bens pertencentes ao patrimônio do município que não foram encontrados no período de (28/08/2014 a 17/09/2014), tempo esse em que a prefeita Talita Laci estava no comando da prefeitura da cidade.

A titular do blog contatou através dos ofícios, que não foram encontrados: 06 computadores Pentium 5 completos; 02 armários de aço; 01 nobreak de 1500vA; 05 impressoras multifuncional da marca HP; 01 aparelho de fax; 01 data show e até materiais pedagógicos.

É comum a Administração que toma posse fazer esse tipo de levantamento patrimonial para evitar ser responsabilizada pela ausência de algum item que deveria pertencer ao Poder Público.

O desaparecimento dos bens públicos,  foram encaminhados aos órgãos competentes, e por meio de ofício a Delegacia de Polícia Civil do município de Raposa, para que as providências cabíveis fossem tomadas. A expectativa é que estas providências incluam, no mínimo, a abertura de Procedimento Administrativo para apuração dos fatos e punição dos responsáveis por lesar os cofres públicos.

Veja os documentos:

 

Com informações do blogueiro Rilton Silva

Entrevista com Fábio Ribeiro, diretor da campanha que impôs derrota a Sarney

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Do Jornal A Tarde

O publicitário Fábio Ribeiro é autor de um feito histórico. Diretor da campanha que levou Flávio Dino (filiado ao Partido Comunista do Brasil, o PCdoB) a ser eleito governador do Maranhão, no pleito deste ano, a equipe comandada por ele impôs uma derrota ao grupo político ligado à família do ex-senador José Sarney. A primeira  em aproximadamente 50 anos. “Talvez este não seja o fim de um dos grupos políticos mais fortes do país, mas, certamente,  é um sinal de que o eleitor mudou”, diz Ribeiro à Muito. Natural de Salvador e formado em artes cênicas pela Ufba, ele já assinou a direção de arte de inúmeros comerciais,  realizados em parceria com as agências locais Propeg e Layout Propaganda, até ser “tragado pelo marketing político”. A primeira campanha que assinou como diretor nessa área  foi a de Jaques Wagner (PT) para o governo da Bahia, em 2002, seguida da campanha de Cristovam Buarque (PDT) para a presidência, em 2006. “Na verdade, acho que tive a sorte de trabalhar com bons candidatos. Acredito que fica mais fácil quando se tem uma crença no produto”,  explica. Nesta entrevista, Ribeiro fala sobre o processo eleitoral no Maranhão – “uma batalha contra um marketing desonesto” -, o atual modelo de financiamento de campanhas e o futuro do marketing político.

A eleição de Flavio Dino imprimiu uma derrota ao grupo do ex-senador José Sarney, ao mesmo tempo em que colocou, pela primeira vez, desde a redemocratização, um filiado ao PCdoB num cargo majoritário. Quanto desse feito é responsabilidade do marketing político?
O marketing teve uma participação muito efetiva, mas não total. O tipo de campanha que nossos adversários encaparam foi cheia de podridão. Eles jogaram de forma baixa. E a forma que encontramos para combater isso foi não bater de frente. Em vários momentos da campanha nos aconselharam a “ligar a batedeira”, a entrar no jogo das acusações. Mas mantivemos uma campanha muito propositiva. Isso foi um acerto. No entanto, outros fatores contribuíram. No Maranhão, há uma insatisfação natural depois de 50 anos dos Sarneys no poder. E Dino construiu a sua carreira política através de um diálogo muito estreito com o interior, com os movimentos sociais.

O vice de Dino é Carlos Brandão, do PSDB. Essa aliança foi usada para “atenuar” a esquerda que Dino representa?
Não chegamos a transformar em mote, mas é claro que esse poder aglutinador colocou a imagem de Dino em outro patamar. Uma grande aliança se formou em torno dele. Toda a oposição se juntou. Agora, independentemente dessa convergência de lideranças, a eleição de Dino deve-se bastante a certo esgotamento do discurso contra a esquerda. O Brasil está perdendo o medo da esquerda. Tentaram tachar Dino como “o comunista que come criancinha”. E, óbvio, isso jamais pegou.

Nesta aliança entre PCdoB e PSDB há dois partidos que, supostamente, possuem agendas políticas muito distintas. O eleitor vota em pessoas e não em projetos políticos ou ideologias?
Acho que o eleitor vota no pacote. Não adianta o candidato possuir um sólido programa de governo ou mesmo ideológico se ele, como pessoa, não convence. No caso específico de Dino, ele tinha os dois. A aliança com o PSDB, que fazia oposição ao grupo de Sarney, não sinalizou para o eleitor uma contradição. Pelo contrário, essa aliança expôs um candidato capaz de tecer diálogos e aglutinar pessoas em busca de uma mudança programática.

O trabalho foi fazer Dino representar uma “terceira via”, a exemplo do que tentou a campanha de Marina Silva?
Eu diria que foi fazê-lo representar uma nova via. O quadro político do Maranhão tem suas peculiaridades. Um exemplo é que, durante a campanha, parte do PT, por conta de um alimento nacional, apoiou o candidato dos Sarneys (Lobão Filho), mas toda a base e militância apoiou Dino. Foi uma situação peculiar. Esse apoio da militância ocorreu porque Dino representava um político diferente naquele cenário, um cara que tinha uma chancela popular.

Existe a máxima de que quem garante a eleição de um governador é o interior do estado. Como foi a campanha no interior do Maranhão, onde a família Sarney controla boa parte da comunicação?
Foi muito difícil. Havia, por parte da campanha adversária, um tom de caça aos comunistas… . Quando comecei a rodar o interior do Maranhão, as pessoas chegavam para falar sobre a insatisfação que sentiam e perguntavam se eu iria publicar o depoimento em algum lugar. Havia um medo de a declaração se tornar pública e, assim, provocar uma retaliação. Na  capital, durante a votação, alguns membros locais da nossa equipe tiveram o título de eleitor apreendido por conta de supostas irregularidades.  Mas nada é maior do que o sentimento de insatisfação do povo. Durante a pré-campanha, fizemos o programa Diálogos pelo Maranhão, onde Dino encontrava lideranças comunitárias nos confins do estado. Foi um trabalho de formiguinha. E essa adesão era imediata. Lembro de ter ido para Grajaú, onde fica concentrada grande quantidade de tribos indígenas. No início era uma reuniãozinha pequena, de 80 pessoas. Mas, à medida que Dino foi falando, as pessoas foram se juntando. Terminamos a reunião com cerca de 300 pessoas.

O atual modelo de financiamento das campanhas é alvo de muitas críticas. Poderá haver mudanças nessa área?
Há alguns anos, tudo era permitido numa campanha, inclusive shows com artistas, os chamados showmícios. Quando se falou que o showmício iria acabar, foi um estardalhaço, e teve gente dizendo que isso ia arruinar as campanhas. Bem, as campanhas continuaram. Acredito que o mesmo ocorrerá com o modelo de financiamento, embora as discussões neste caso ainda estejam muito imaturas. Em qualquer democracia, o que se faz para coibir a corrupção é aumentar o risco de punição, com maior transparência, mais instâncias de controle, aumento das sanções. Quando se fala em mudança no financiamento das campanhas – já que o modelo atual supostamente obriga os políticos a contraírem comprometimentos com o capital privado -, o que se coloca é uma tentativa de diminuir a tentação. Me parece um olhar ainda incipiente.

Na eleição  deste ano se falou muito de “desconstrução” de candidaturas. Uma designação nova para um fenômeno antigo. No marketing político no Brasil há, claramente, um avanço técnico. Mas e o conteúdo, permanece o mesmo?
Quem forçará uma mudança maior no conteúdo é o eleitor. As eleições mostraram, em todas as pesquisas, um nível de insatisfação do eleitor com ataques pessoais entre adversários. Um dos motivos que levaram Aécio (Neves) a perder alguns pontos na reta final parece ter sido o tom agressivo que ele adotou. Por outro lado, vejo, sim, mudanças no conteúdo das campanhas políticas. É algo menos evidente, mas que já se coloca nas peças criadas. Uma dessas mudanças é a relação com a internet, como as campanhas têm utilizado as redes sociais para entender se o que está sendo feito tem funcionado ou não. Outra mudança é o investimento em pesquisas que ajudam a compreender melhor o que pensa e o que quer o eleitor. Há uma tentativa de entender mais profundamente o eleitor.

Você cita a campanha de Dino como exemplo de marketing político propositivo. Mas uma campanha política só com propostas soa como exceção…
Infelizmente, ainda é uma exceção. Mas a eleição de Dino mostra que aposta numa campanha assim não é um risco e pode gerar resultados. Agora, há um detalhe importantíssimo: o produto que se tem em mãos. Porque se o candidato  só tem um projeto de poder em mãos, fazer uma campanha propositiva é impossível. No caso de Dino, nós tínhamos um bom material em mãos para trabalhar. Há uma expectativa imensa sobre a administração dele. Claro que a mudança que ele propõe não será a toque de mágica, mas acho que ele será capaz de fazer isso rápido, já que tem o apoio de muitos partidos. O Maranhão é a bola da vez no Nordeste. Tem muita gente querendo investir lá. Então, uma campanha política eficaz envolve sempre muitos fatores.

E o que é uma campanha política eficaz?
É a que ganha (ri). Mas temos que pensar melhor no que é ganhar. A campanha de Cristovam Buarque, por exemplo, foi uma das quais participei em que obtive maior êxito. Ele teve um crescimento de 100%. Saiu de 2% para 4%. Era uma campanha ideológica, num momento em que o país realmente precisava disso. Não é a vitória no pleito, mas uma vitória que garante ganhos igualmente importantes.

 

Prefeito Edivaldo e governador eleito Flávio Dino reúnem-se com bancada federal

O prefeito Edivaldo e o governador eleito Flávio Dino participaram ontem (12) de reunião com a bancada de deputados federais em Brasília para a união de esforços em prol do Maranhão e de São Luís. O prefeito iniciou a reunião destacando as amplas reformas que estão sendo promovidas em unidades de saúde do município e solicitou o empenho dos deputados para a captação de recursos para aparelhamento de duas importantes unidades.

“Temos que reverter um déficit em nossos leitos infantis, temos recursos garantidos do Governo Federal para construção e reforma, precisamos do empenho dos senhores para a compra de equipamentos para o Hospital da Criança e a Maternidade da Cidade Operária”, explicou o prefeito durante a conversa com os parlamentares.

Durante a reunião, também esteve presente a secretária municipal de Saúde, Helena Duailibe, que ressaltou a importância da mobilização de esforços para garantir mais avanços para a rede municipal, que recebe demandas de toda a região metropolitana e também atende pacientes do interior do estado. Devido à necessidade de articulação, o deputado Weverton Rocha (PDT) se comprometeu a articular a união de emendas junto aos demais parlamentares.

“Faremos um esforço conjunto e levantaremos o recurso necessário para apoiar a Prefeitura de São Luís”, declarou o pedetista.

O empenho para além de bandeiras partidárias foi destacado pelo governador eleito Flávio Dino durante o diálogo com a bancada maranhense de deputados federais. Ele enumerou as principais ações que beneficiarão todo o estado e precisarão do auxílio dos deputados, através das emendas parlamentares, para obtenção de recursos. As áreas são saúde, saneamento básico, combate ao déficit de habitação e educação.

“Me coloco à disposição de nossa bancada, para que além de buscar recursos, possamos vir e apresentar o resultado dos nossos esforços conjuntos em prol da população maranhense”, afirmou o governador Flávio Dino.

Estiveram presentes na reunião, os parlamentares Sarney Filho, José Vieira, Simplício Araujo, Gastão Vieira, Domingos Dutra, Professor Sétimo, Waldir Maranhão, Pinto Itamaraty, Alberto Filho, Davi Alves Silva Junior, Cleber Verde, Pedro Fernandes, Hélio Santos e o vice-governador eleito Carlos Brandão. Também estiveram presentes o ex-deputado Wagner Lago, e os deputados federais eleitos para a próxima legislatura, Rubens Júnior, Eliziane Gama e Zé Reinaldo.