Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Governo Flávio Dino é aprovado por 77% dos maranhenses

O índice de aprovação da nova administração do Governo do Estado é de 77%, segundo pesquisa do Instituto Exata

O índice de aprovação da nova administração do Governo do Estado é de 77%, segundo pesquisa do Instituto Exata / TV Guará / Record News. O índice foi divulgado na tarde desta terça-feira (10) pela emissora, apontando que 13% não aprovam e 10% não sabem ou não responderam. A pesquisa de alcance estadual revelou que a aprovação do Governo é alta entre os maranhenses.

Realizada entre os dias 5 e 8 de fevereiro de 2015 em todas as regiões do Estado e ouvindo 1.408 pessoas, a pesquisa revelou ainda que a percepção do desempenho pessoal do governador Flávio Dino à frente da administração também é alta.

Para 78% dos entrevistados, Flávio Dino tem bom desempenho no exercício da função de governador, contra 12% que acham que ele não tem bom desempenho e 10% não opinaram. A margem de erro é de 3,3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A última pesquisa de avaliação do Governo do Estado ainda sob administração da ex-governadora, realizada e divulgada em setembro de 2014 pelo instituto Exata, revelou que 64% dos maranhenses não aprovavam a gestão de Roseana Sarney naquela data, outros 32% aprovavam e 6% não souberam avaliar ou preferiram não responder.

Maranhão no rumo certo

Para o secretário de Estado de Articulação Política, Márcio Jerry, os índices revelam que o maranhense tem recebido bem as ações do Governo do Estado. As iniciativas governamentais foram tomadas desde o dia 1º de janeiro, com foco na melhoria dos serviços públicos, da Segurança, Saúde e Educação.
“Temos consciência de que há muito a ser feito e estamos começando pelas prioridades. O Governador tem tido muita sensibilidade com a garantia dos direitos dos cidadãos, com a melhoria das condições de Segurança e da promoção da Educação Pública com qualidade,” afirmou Márcio Jerry ao Portal Vermelho, em entrevista.

Já no mês de janeiro, Flávio Dino buscou solucionar os problemas mais urgentes relativos ao abandono de serviços públicos. Segundo o governador, a prioridade da administração é revitalizar as áreas de atuação do Estado que foram sucateadas ao longo dos últimos anos.

Na gama de iniciativas realizadas no 1º mês de administração, destacam-se atuação nos setores da Segurança Pública com articulação para aumento do efetivo e do policiamento nas ruas; 10 medidas emergenciais voltadas para a qualificação da Educação Pública e dos professores da rede de ensino estadual; ações conjuntas para combate à desigualdade social nas cidades com menor desempenho nos indicadores de qualidade de vida.

Saiba o que vai funcionar no Carnaval

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São Luís já vive o clima do Carnaval e, no período máximo da festa de momo, de sábado (14) a quarta-feira (17), o comércio e alguns serviços públicos terão um ritmo de funcionamento diferente dos dias normais. Para que você possa curtir a folia e não passar por algum tipo de transtorno, caso necessite de algum desses serviços, O Imparcial traz o que funciona e o que não funciona nos cinco dias da Festa de Momo.

O São Luís Shopping funcionará normalmente no sábado de Carnaval (14). Já de domingo a terça-feira, as lojas e quiosques estarão fechados, reabrindo somente às14h da Quarta-Feira de Cinzas. O Danny’s Park e Praça de alimentação funcionarão das 12h às 22h, de segunda a quarta-feira. O Cinépolis funcionará normalmente todos os dias. O Hiper Bompreço funcionará das 8h às 14h e as Lojas Americanas, das 12h às 14h, no domingo. Na segunda e terça-feira, o Hiper Bompreço funcionará das 8h às 22h, e as Lojas Americanas, das 12h às 22h. Na Quarta-feira de Cinzas, Hiper Bompreço e Lojas Americanas funcionarão das 13h às 22h.

No Shopping da Ilha, todas as lojas, quiosques e demais pontos comerciais, funcionarão normalmente durante o sábado. Já no domingo, segunda-feira a terça-feira, as lojas e quiosques estarão fechados. Nesses mesmos dias, a praça de alimentação e lazer funciona das 12h às 22h. O cinema UCI Kinoplex funcionará das 13h30 às 22h, de domingo a quarta-feira. O supermercado Mateus vai funcionar no domingo, das 7h30 às 14h. Na segunda e terça-feira, o estabelecimento estende o funcionamento até às 22h, e na Quarta-feira de Cinzas, abrirá ao meio dia e segue até às 22h. Também na quarta-feira, as lojas e quiosques voltarão a abrir as portas, das 14h às 22h; praça de alimentação das 12h às 22h e cinema, das 13h30 às 22h.

Todos os setores do Rio Anil Shopping funcionarão normalmente no sábado. Já no domingo, segunda e terça-feira, lojas, quiosques e Academia Estação Saúde, não funcionarão, somente reabrindo na Quarta-feira de Cinzas, às 14h. A Praça de Alimentação, Praça de Eventos e Space Play, funcionarão todos os dias do Carnaval, das 12h às 20h e, na quarta-feira, das 12h às 22h. O Cinesystem funcionará em horário normal todos os dias. O Supermercado Mateus funcionará de sábado a terça-feira, das 8h às 22h e, na quarta-feira, das 13h às 22h. Já as Lojas Americanas, funcionará no sábado, das 10h às 22h; no domingo, das 8h às 14h; segunda e terça, das 12h às 20h e na quarta-feira, das 13h às 22h.

O Tropical Shopping e o Monumental Shopping funcionarão normalmente no sábado (14), retornando suas atividades normais somente na Quarta-feira de Cinzas (18) a partir das 14h.

Comércio

A Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) informou  que o funcionamento do comércio da capital maranhense será alterado no período carnavalesco. A CDL explicou que, de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho, firmada entre empregadores e empregados do comércio, as lojas da Rua Grande devem fechar a partir das 14h do sábado (14) e só reabrem na Quarta-feira de cinzas (18) às 13h. Os estabelecimentos lojistas situados em shopping centers funcionam normalmente até às 22h do sábado de carnaval, retomando as atividades na quarta-feira, a partir das 14 h.

A instituição informa ainda que nos shoppings, o funcionamento das praças de alimentação está liberado, nos horários habituais.

Supermercados

A Associação Maranhense de Supermercados (Amasp),  informou que, de sábado a terça-feira, os supermercados deverão funcionar em horário normal aos dos demais períodos do ano. Já na Quarta-feira de Cinzas, os estabelecimentos estarão fechados no período da manhã, somente abrindo às 13h.

Bancos

Os bancos estarão fechados na segunda e na terça. O atendimento ao público será retomado somente na Quarta-feira de Cinzas, a partir das 12h.

Plantões

Os plantões de Polícia funcionarão normalmente durante o feriado. Como informa o portal do Tribunal de Justiça, o expediente no Judiciário do Estado do Maranhão será suspenso na segunda-feira (16) e volta apenas na quarta-feira (18). Estará funcionando apenas em regime de plantão, para o atendimento das demandas urgentes – habeas corpus, mandados de segurança, agravos de instrumento e suspensão de liminares.

Todos os hospitais atenderão normalmente no regime de plantão. As farmácias funcionarão normalmente no sábado e no domingo, algumas ficarão abertas até às 12h. Já na segunda e terça-feira, todas estarão fechadas, reabrindo ao meio-dia de quarta-feira.

Raposa: Talita Laci em apenas 15 dias cometeu 4 crimes e ainda quer assumir prefeitura, mas falta o TSE

Numa decisão sem fundamento jurídico consistente, o TRE-MA se acovardou e não julgou o caso da Raposa, segundo os fatos, a jurisprudência atual, nem segundo a decência jurídica.

Na caso idêndico de Arari, onde houve a participação direta do prefeito na compra de votos, o TRE-MA fechou os olhos para as robustas provas.

 

No Caso da Raposa, onde não há qualquer relação do prefeito e o vice com os atos da vereadora que comprava votos, o TRE-MA viajou em suposições, obrigando ao TSE o devido reparo em grau de recurso.

 

Talita Laci já esteve prefeita de Raposa por 15 dias e, em apenas nesse intervalo de tempo cometeu 4 crimes contra o erário municipal, veja:

 

1º Crime:

Desvio de R$ 138.438,20 através da empresa I.F. de Oliveira Comercio, CNPJ nº 13.950.906/0001-19, que não teria contrato ou prestação de serviços para a prefeitura de Raposa.

 

 

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2º Crime: 

Desvio de R$ R$ 74.340,50 através da empresa Settimus Empreendimentos e Serviços Ltda, CNPJ nº 18.046.504/0001-08, que não teria contrato ou prestação de serviços para a prefeitura de Raposa.
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3º Crime:

 Desvio de R$ 71.963,50 através da empresa M. Ricardo Rodrigues, CNPJ nº 19.110.951/0001-41, que não teria contrato ou prestação de serviços para a prefeitura de Raposa.
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4º Crime:
Nos 15 dias em Talita Laci esteve à frente da prefeitura, há registro de desaparecimento de bens patrimoniais pertencentes à Prefeitura de Raposa. Os desaparecimentos dos bens foram levados ao conhecimento da polícia.

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Investigações e denúncias apontam que Talita Laci teria praticado tais crimes em parceria política com os Irmãos Campos (Ver. Alderico e Fred Campos) e Edilázio Junior. Nesse período, Talita transferiu em um único dia, via online mais de R$ 284 mil reais para empresas de fachada e que não prestam serviços para o Município de Raposa.
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Os crimes estão previstos no art. 1º, III, do DL 201/67:
I – apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio;
§1º Os crimes definidos nêste artigo são de ação pública, punidos os dos itens I e II, com a pena de reclusão, de dois a doze anos …
 Talita Laci praticou vários delitos de “DESVIAR BENS OU RENDAS PÚBLICAS”. A pena pode ser aumentada em metade pela regras das legislações penais. Poderá ser condenada de 3 a 18 anos de prisão a pessoa que quer administra o Município de Raposa.

Preso homem que vendia rifas em nome de entidade policial

Suspeito preso pela Seic

A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), por meio do Departamento de Combate a Crimes Organizados (DCCO), prendeu  segunda-feira (9) Antônio Josélio Lima Moura, 43 anos, na Avenida dos Africanos, no bairro do Coroadinho. Ele é suspeito de vender rifas falsificadas em nome da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol).

Segundo o delegado da Seic, Marcos Amorim, Antônio Josélio é integrante de uma quadrilha especializada em fraudes que age em todo o estado do Maranhão. Os cupons eram vendidos no valor de R$ 150,00 e tinham como prêmio um veículo de modelo Fiat Uno Vivace.

O suspeito foi detido logo após a venda dos cupons a um comerciante.

“Essa quadrilha possui uma grande estrutura que permite a produção de rifas falsificadas em grande escala. O objetivo é aplicar, principalmente, golpes em comerciantes. Mas, nós já estamos investigando o líder dessa organização, para que possamos acabar com essa prática criminosa que leva o nome da Fendepol” ressaltou o delegado Marcos Amorim.

O delegado reiterou que a Fendepol e a Associação de Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol-MA), não autoriza e nem comercializa esse tipo de sorteio.

A Superintendência já iniciou as investigações, no intuito de desarticular e prender os demais integrantes dessa quadrilha. Antônio Josélio foi encaminhado para a sede da Seic, onde foi autuado por estelionato e fraude. Em seguida aos procedimentos policiais, foi recambiado para o Centro de Triagem de Pedrinhas.

Flávio Dino: “Acabamos com as quadrilhas que operavam no governo”

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Em entrevista à Revista Isto é, Governador Flávio Dino diz que não foi possível corrigir em 30 dias os erros cometidos pelo clã Sarney durante 50 anos, mas garante ter acabado com o nepotismo.

Não bastasse o rombo nas contas públicas deixado pela antecessora, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), deparou-se com mais um grave e surpreendente problema administrativo, ao encerrar seu primeiro mês de mandato: a ex-governadora Roseana Sarney não quitava as despesas com energia dos órgãos públicos havia meses e o Estado deve R$ 30 milhões à companhia elétrica. A pendência se soma à dívida de R$ 1,1 bilhão herdada do governo anterior que, aos poucos, será equacionada, segundo afirmou Dino em entrevista à ISTOÉ. “É impossível que a gente corrija em 30 dias tudo de errado que fizeram em 50 anos. De qualquer forma, acabamos com o nepotismo e não há ninguém no governo ocupado em assaltar o erário público”, salientou o novo governador.

ISTOÉ –
Um mês de governo foi tempo suficiente para o sr. conhecer a real situação do Estado?

FLÁVIO DINO –
Há uma frase atribuída ao ex-ministro Pedro Malan que se aplica à realidade em que a gente se encontra: no Brasil até o passado é imprevisível. Toda semana é uma surpresa. Na terça-feira nós descobrimos que a conta de energia elétrica dos órgãos públicos não estava sendo paga havia vários meses, uma dívida de R$ 30 milhões. Não houve uma transição organizada: no meio do processo a governadora Roseana Sarney renunciou. Então, o que nós apuramos até aqui são débitos da ordem de R$ 1,1 bilhão. Nós fizemos uma economia rigorosa de custeio, seguramos a abertura do Orçamento e estamos lutando para atualizar esses débitos passados, sobretudo com os servidores e prestadores de serviço. As dívidas inadiáveis, como o empréstimo que Roseana havia feito com o Bank of America, uma parcela de R$ 110 milhões, nós pagamos neste mês.

ISTOÉ –
Antes de assumir, o sr. impediu sua antecessora de fechar um contrato bilionário de terceirizados para os presídios. Qual foi a alternativa para lidar com a falta de funcionários?

FLÁVIO DINO –
Vamos substituir os terceirizados por trabalhadores temporários. Mesmo pagando um salário maior, o Estado terá uma economia anual de R$ 20 milhões. Isso mostra que a terceirização é ineficiente. O passo seguinte é fazer o concurso ainda neste ano para preenchimento dos cargos de agente penitenciário. Esse é o primeiro desafio; o segundo é ampliar e melhorar os presídios. Encontramos as obras de unidades prisionais paralisadas, porque elas haviam sido contratadas com base em situações de emergência que foram decretadas no auge da crise. O presídio Timon era para ter sido concluído em outubro; o de Imperatriz, em setembro. As obras não foram concluídas. Um caminho jurídico para dar sequência às obras é a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Por que os órgãos de controle do Estado não detectaram as irregularidades nas contas públicas durante o mandato de Roseana Sarney?

FLÁVIO DINO –
Os mecanismos de controle interno, externo e as ações do Ministério Público sempre foram muito frágeis, de baixa eficácia. Estamos tentando redesenhar esses mecanismos. O governo procurou o Tribunal de Contas do Estado para fazer o treinamento dos novos servidores. Estamos apurando e encontrando absurdos. Vamos provocar o tribunal de contas, o Ministério Público. Vamos enviar tudo para que eles tomem as providências que considerarem necessárias. Há casos de total afronta à lei de responsabilidade fiscal.

ISTOÉ –
O sr. recebeu críticas pela composição do secretariado. Existem parentes e apadrinhados em seu governo?

FLÁVIO DINO –
Não há nenhum parente meu em nenhum cargo até o 20º grau, rigorosamente nenhum. Em relação aos secretários, o que aconteceu é que nós estamos formando equipes. As pessoas citadas como aliados são servidores de carreira de vários órgãos. O caso em que mais bateram foi o da chefe de gabinete do governador. Ela é dirigente do PCdoB há 20 anos, foi dirigente do sindicato e coordenou minhas campanhas desde 2006. É professora concursada. Ela atualmente tem relação afetiva com outro secretário. É a mesma situação da ministra Gleisi Hoffmann com o ministro Paulo Bernardo. Eu não posso punir o amor, não posso controlar a vida afetiva das pessoas. Ele a nomeou? Não, fui eu quem nomeou. Não há nenhuma violação legal. Há uma tentativa dos nossos antecessores de buscar nos igualar a eles. Eles dizem o tempo todo: nada mudou. Mas o povo está vendo, não há nepotismo no Maranhão, não há ninguém no governo ocupado em assaltar o erário público, essa é uma grande mudança. Acabamos com as quadrilhas que operavam no governo do Maranhão. Nós pegamos o portal da transparência com 40% de gastos secretos e estamos refazendo o sistema. Eles estão nos acusando de deixar o portal fora do ar durante a troca da metodologia. Mas nós estamos corrigindo uma fraude. Eles cobram, mas é impossível que a gente corrija em 30 dias tudo de errado que fizeram em 50 anos.

ISTOÉ –
O cancelamento das obras da Refinaria Premium I trará prejuízos ao Maranhão?

FLÁVIO DINO –
A refinaria é uma boa ideia mal executada. Que o Brasil precisa de mais refinarias não há dúvida. Que é justo e necessário que essas refinarias sejam construídas nas regiões Norte e Nordeste é indiscutível. O principal produto do complexo portuário é combustível. O Maranhão é um grande distribuidor de combustível para o Norte e o Nordeste, é um entreposto. Temos necessidade de refino, porto, ferrovias e rodovias. A própria localização geográfica do Maranhão é estratégica, pois está no meio do caminho, tem acesso direto ao Centro-Oeste via ferrovias. São muitas vantagens técnicas.

ISTOÉ –
Então, por que o projeto fracassou?

FLÁVIO DINO –
O problema foi a apropriação eleitoreira, a agonia do Edison Lobão e do José Sarney quando eram ministro de Minas e Energia e presidente do Senado. Forçaram a mão para que o projeto da refinaria saísse de qualquer jeito, sem projeto, sem estudo técnico. Deu no que deu. Agora eles estão querendo empurrar o problema para mim. Eu tenho que salvar a refinaria do Maranhão. Eles me cobram todo dia. O Sarney fez um artigo dizendo que o governo tem que se mobilizar. Claro que eu desejo que o Maranhão receba uma refinaria, mas quem criou o problema foram eles. Que resolvam. O certo é que enterraram R$ 1,5 bilhão aqui e ninguém sabe como e por que agora há um vazio completo. Estou esperando passar a situação de instabilidade institucional muito aguda da Petrobras, que acabou resultando nesse anúncio da saída da Graça Foster. Estou esperando as coisas se arrumarem para eu restabelecer um diálogo com a Petrobras, em outras bases, em outros termos, dessa vez como uma coisa séria. Não por acaso, o intermediário dos negócios com o governo do Maranhão era o notório e notável Paulo Roberto Costa. Era ele que vinha aqui. Em todas as fotos da refinaria, com Roseana, com Sarney, com Lobão, está o Paulo Roberto Costa. Era ele o interlocutor, ele que vinha, ele que reunia, ele que anunciava. Sabe Deus o que está enterrado nesse buraco da refinaria. Boa coisa não é.

ISTOÉ –
O ex-presidente José Sarney atribuiu os cortes de verbas na fundação que guarda seu acervo a uma vingança. A instituição será fechada?

FLÁVIO DINO –
O que a gente fez emergencialmente foi reduzir os gastos. Havia um comprometimento com pessoal lá que ultrapassava R$ 2 milhões. Reduzimos a folha. Agora estamos averiguando a parte estrutural do prédio. O Convento das Mercês está com risco de desabamento, várias partes estão escoradas. Não consigo entender como deixaram um prédio do século XVII naquela situação. Estamos rediscutindo o modelo da fundação. O que se referir ao mandato presidencial do senador José Sarney pode integrar o acervo da fundação. O que for estritamente pessoal não interessa para a manutenção com dinheiro público. Ele pode fazer um memorial privado, custeado com dinheiro privado.

ISTOÉ –
Qual é o futuro da Fundação Sarney?

FLÁVIO DINO –
Nossa proposta é que fiquemos responsáveis apenas pela guarda do que é estritamente relacionado ao período presidencial. O passo seguinte é transformá-la em uma fundação de memória republicana, e não no registro de passagem de um único político.

ISTOÉ –
No Congresso, o sr. ajudava nas articulações do governo. Como analisa a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara?

FLÁVIO DINO –
Menos problemas do que se prevê. O governo continua a ter uma maioria folgada. A grande questão é a gestão dessa maioria. Há alguns anos, o PT tinha uma visão de que a chave da governabilidade é um duopólio PT/PMDB. Essa foi a estratégia do segundo mandato do Lula e do primeiro mandato da Dilma. Os conflitos e dificuldades iniciais mostram que é hora de uma visão mais aberta.

ISTOÉ –
Com os desdobramentos do escândalo da Petrobras, crises hídrica e energética e um inimigo no comando da Câmara, o governo corre o risco de atravessar uma crise institucional?

FLÁVIO DINO –
Crise institucional, não. Passamos por muita coisa na superação da ditadura para a democracia. Está muito claro que não há um cenário de impasse sem saída. A tendência é haver algum tipo de rearranjo, pacto entre as forças políticas. A iniciativa de abrir um diálogo com a oposição tem que partir do governo. A continuidade do clima do segundo turno não ajuda para que os problemas da população sejam resolvidos. Essa polarização sectarizada entre PT e PSDB não ajuda o Brasil. Essa é uma briga paulista que acabou se tornando uma questão nacional de um modo, a meu ver, muito artificial.