Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Prefeito de Anajatuba é preso pela PF por desvio de recursos da Educação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de hoje (20), a Operação Attalea, de combate a desvios de recursos públicos da Educação no município de Anajatuba (a 130 quilômetros de São Luís). O prefeito Helder Lopes Aragão (PMDB), de 55 anos, está entre os presos. No total, serão cumpridos 8 mandados de prisão, uma condução coercitiva e três mandados de cumprimento de medidas cautelares diversas, em Anajatuba e em São Luís. O empresário Fabiano de Carvalho Bezerra, dono de “empresas de fachada” que atuavam na prefeitura, e uma mulher identificada como Natasha (ex-namorada de Fabiano), também foram presos. Fabiano seria responsável pelas empresas A4, Construir, RR Serviços e MR Serviços, que fecharam contratos de quase R$ 10 milhões com a prefeitura sem que os serviços fossem realizados.

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A operação da Polícia Federal conta com o apoio do Ministério Público Federal e do Estadual.

Segundo a PF, a operação pretende “desarticular uma quadrilha que atuava na prefeitura de Anajatuba/MA, fraudando processos licitatórios e desviando recursos públicos federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio da contratação de ‘empresas de fachada’. Entre os investigados estão o atual prefeito, secretários municipais, servidores da prefeitura e empresários”.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início em 2014 e constataram que tanto as fraudes nos procedimentos licitatórios como o pagamento de valores só eram possíveis mediante a corrupção de membros da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da prefeitura, de secretários municipais e do prefeito.

Fraudes no Educacenso (banco de dados do Ministério da Educação e Cultura) também estão sendo investigado pela operação da PF, por envolver cadastros do Programa Bolsa Família, na tentativa de aumentar o número de alunos “matriculados” nas escolas e, consequentemente, os repasses do Fundeb e do FNDE ao município de Anajatuba.

Os envolvidos responderão pelos crimes de desvio de recursos públicos (art. 1º do DL 201/67), organização criminosa, fraude em licitações (art. 90 da lei 8666/93), lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes, na medida de sua participação.

O nome da operação da PF, Attalea, é referente à palmeira “Attalea Maripa”, cujo fruto é o anajá. Anajatuba vem do nome indígena “abundância de anajás”, por ser uma planta comum no município.

Novos voos entram em operação no Maranhão

A próxima segunda-feira (19) será marcada pelo início da operação de dois novos voos no Maranhão. Os trechos ligarão São Luís e Imperatriz, pela companhias Azul Linhas Aéreas, e São Luís a Recife, pela Gol Linhas Aéreas. “O começo dessas operações é resultado do esforço do governo Flávio Dino em garantir a expansão da malha aérea no estado”, ressaltou a secretária de Turismo do Maranhão, Delma Andrade.

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Os voos entre São Luís e Imperatriz, da Azul Linhas Aéreas, terá seis frequências semanais. De acordo com a companhia aérea, os voos partirão de São Luís às 9h40 com chegada em Imperatriz, às 11h. Já o trecho entre Imperatriz e São Luís sai às 19h20 e chega às 20h45.

Os trechos entre São Luís e Recife, operados pela Gol, terão quatro frequências semanais: segunda, quinta, sexta e domingo. As saídas de São Luís serão às 13h20, com chegada em Recife às 15h09. Já o trecho Recife/São Luís, partirá às 10h53 com previsão de pouso às 12h30.

Novos voos em novembro

Mais duas novas ligações entrarão em operação no dia 5 de novembro. A Gol Linhas Aéreas terá frequências as terças e sextas entre São Luís e Teresina e a Azul estreará seis voos semanais entre São Luís e Recife.

Segundo Delma Andrade, os novos trechos são estratégicos, pois farão a ligação direta do Maranhão com importantes portões de entrada de turistas estrangeiros no Nordeste. “Além disso, aproximará o estado de outros estados da região, pois, atualmente, não há conectividade direta como Bahia e Alagoas”, ressaltou.

Prefeitura de Raposa divulga Nota em homenagem ao dia dos professores

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MENSAGEM AOS PROFESSORES

Professores (as)

Neste dia 15 de outubro, dia dedicado a esta classe de profissionais que é o sustentáculo de um povo, pois é através deste profissional, professor (a) que o ser humano galga os espaços profissionais trazendo para si, para a família e para a sociedade de forma geral benefícios, sucessos indescritíveis de descrever.

Em nome da SEMED (Secretaria Municipal de Educação de Raposa( MA) desejamos à todos muita paz, saúde, muita capacidade de luta, de discernimento entre o que é ideal para todos e o que muitas vezes se apresenta como uma falsa conquista. Que possamos estar juntos (as), buscando sempre o que for melhor para toda a classe.

Um abraço a todos (as) e feliz dia do professor (a)!

Clodomir Oliveira dos Santos – Prefeito Municipal

Eliziane Gama quer prorrogação da CPI para ouvir Pallocci e Okamotto

CPI-da-Petrobras-430x280A deputada federal Eliziane Gama (Rede-MA) defendeu na tarde desta quarta-feira (14) a prorrogação da CPI da Petrobras, já que muitas figuras importantes na investigação ainda não foram ouvidas.

Na avaliação da deputada maranhense, é indispensável a Comissão Parlamentar de Inquérito ouvir o depoimento do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

“No meu entendimento o relatório não será conclusivo no objeto inicial da CPI, que é o esquema de corrupção da Petrobras. Não será conclusivo sem a prorrogação, sem ouvir o Palloci, o Okamoto, e termos as quebras de sigilo telefônicos bancários destas pessoas”, alertou.

Eliziane Gama havia apresentado requerimento no início dos trabalhos da CPI pedindo a convocação do ex-ministro Antonio Palocci, citado na lista divulgada pelo STF e apontado na delação premiada de Alberto Youssef como uma das “ligações” do lobista e operador na Petrobras Julio Camargo com o PT.

Ela também é autora da convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto foi aprovada em junho. Ele deveria comparecer a CPI para prestar esclarecimentos sobre as doações de três milhões feitas, entre 2011 e 2013, pela construtora Camargo Correa à entidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A empreiteira é uma das empresas suspeitas de integrar o esquema de corrupção da estatal.

“Quero fazer o meu apelo para que tenhamos a aprovação da prorrogação desta CPI e façamos uma ampliação deste prazo para ouvir estas pessoas que acabamos de relatar”, enfatizou Gama

Deputados divergem: maioria simples basta para se iniciar impeachment?

Dentre as inúmeras dúvidas surgidas após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o rito de impeachment anunciado em setembro pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma ainda provoca controvérsia entre parlamentares: o número de votos necessários para que o plenário, formado por todos os deputados, decida sobre o acolhimento ou não de uma denúncia apresentada contra a presidente Dilma Rousseff.

Políticos da oposição afirmam que, para isso, basta maioria simples (metade mais um de pelo menos 257 deputados presentes ao plenário da Câmara); governistas dizem que são necessários os votos de pelo menos dois terços de todos os 513 deputados.

O acolhimento ou rejeição do pedido é o primeiro passo para o início das discussões na Câmara e interessa diretamente aos deputados contra e a favor do impeachment por envolver a estratégia traçada por Cunha e oposicionistas há várias semanas.

Para não arcar sozinho com o peso da decisão, o presidente da Câmara rejeitaria o pedido de impeachment, mas diante de um recurso, levaria o caso a plenário para que os próprios deputados decidissem.

A dúvida gira em torno da quantidade de votos necessária para aprovar ou rejeitar esse recurso.

Se para deputados governistas seriam necessários votos de 342 dos 513 deputados (dois terços), para oposicionistas, bastariam 129 votos em plenário (maioria simples, desde que presentes 257 deputados, regra geral para decisões comuns).

Essa definição não foi feita expressamente por Cunha no rito suspenso nesta terça (13) pelos ministros do STF Teori Zavascki e Rosa Weber e, portanto, permanece em aberto, causando divergência entre os deputados a favor e contra o impedimento de Dilma Rousseff.

Maioria simples

Para opositores da presidente, deve ser aplicada a chamada “maioria simples” para a decisão, pela qual, desde que presentes à sessão 257 deputados, bastaria a metade mais um dos votos para se aprovar o recurso. Nessa hipótese, bastariam 129 votos em plenário.

Eles argumentam que essa é a regra geral para deliberações comuns da Câmara dos Deputados prevista tanto no Regimento da Câmara, como na própria Constituição.

A área técnica da Câmara também considera que deverá ser aplicada a regra da maioria simples devido ao disposto no artigo 47 da Constituição. Esse artigo determina que, “salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa [Senado e Câmara] e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros”.

Como não haveria “disposição constitucional em contrário” em relação à votação de recursos, prevaleceria a mesma regra adotada para decisões comuns.

“Não tem como ser diferente nessa questão do impeachment, até porque [o plenário] está confrontando um início de um processo que pode ser feito pelo presidente da Câmara. Se ele pode decidir monocraticamente sobre dar ou não seguimento à discussão, é lógico que a maioria simples pode o mesmo”, diz o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), um dos autores do pedido de esclarecimento sobre o trâmite do processo anunciado por Cunha.

Dois terços

Vice-líder do PT na Câmara e ex-presidente da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o deputado Wadih Damous (PT-RJ) discorda.

Ele é um dos deputados que entrou no STF contra o rito de tramitação de um eventual processo de impeachment estabelecido por Eduardo Cunha.

Para Damous, a decisão depende da chamada “maioria qualificada”, de dois terços (342) dos 513 deputados, mesma quantidade prevista para a efetiva abertura do processo de impeachment, fase  posterior, que leva ao imediato afastamento da presidente da República.

Ele toma como base o artigo 51 da Constituição que diz que compete à Câmara “autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado”.

Na interpretação do deputado, a votação de recurso contra um eventual indeferimento pelo presidente da Câmara de pedido de abertura de processo de impeachment já é uma etapa do processo e, por conseguinte, exigiria uma maioria de 342 votos.

“Do nosso ponto de vista, o provimento desse recurso deveria se dar por dois terços porque, na prática, daria abertura ao processo”, justifica Damous.

Supremo

A questão, no entanto, tende a ser novamente discutida se Cunha de fato rejeitar um dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff que ainda restam na Câmara. Ele já indeferiu a maioria.

Neste momento, porém, há poucas chances de um recurso vir a ser apresentado, em razão da suspensão, pelo STF, do rito traçado por Cunha para o impeachment.
No trâmite previsto por Cunha, há a previsão de que basta a iniciativa de um só deputado para que o recurso seja apresentado. Mas esse critério, adotado pelo presidente da Câmara. também foi suspenso pela ministra Rosa Weber, do Supremo.

Com informações do G1