Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Mais uma irregularidade: Ex-funcionária acusa Cristiane Brasil de demiti-la durante licença do INSS

 

Processada na Justiça do Trabalho por dois motoristas que foram seus empregados, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), indicada para o Ministério do Trabalho, também é acusada por outra ex-funcionária de irregularidades trabalhistas. Aline Lucia de Pinho conta que foi contratada pela prefeitura do Rio, mas trabalhou como motorista e prestou serviços particulares para Cristiane. A posse da deputada federal no cargo, marcada para esta terça-feira (9) foi suspensa pela Justiça.

Aline estava lotada em cargo comissionado como assessora (DAS-7) na Secretaria Especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida do Rio de Janeiro durante a gestão Eduardo Paes (PMDB), quando a petebista comandou a pasta. No início do ano passado, Aline foi exonerada pelo governo Marcelo Crivella (PRB), enquanto estava licenciada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por acidente de trabalho — ocorrido, segundo ela, quando prestava serviços particulares para Cristiane.

Segundo Aline, em novembro de 2016, ela torceu o joelho esquerdo em uma queda, quando levava os cães de Cristiane a um veterinário para serem castrados. “Eu cheguei para a Cristiane e disse que tinha escorregado descendo a escada, fazendo esse serviço particular para ela. Ela não acreditou. A minha sorte é que tinha uma funcionária dela comigo e viu tudo”, disse Aline. “Mesmo eu levando tudo para ela, a ressonância (magnética), ela não acreditou e me mandou ir a um médico da confiança dela. Ele também disse que eu teria que operar.”

Um mês depois do acidente, Aline foi licenciada pelo INSS. Em janeiro de 2017, ela soube que fora exonerada pela nova gestão na prefeitura carioca, mas, naquele mesmo mês, o órgão havia concedido a licença à motorista até abril de 2017. Depois, a instituição a prorrogou o benefício até agosto de 2017, “tendo em vista que foi constatada incapacidade para o trabalho”, segundo documento do INSS.

Sem o salário da secretaria, Aline ainda continuou a receber informalmente de Cristiane o valor de 1.500 reais por mês (metade do que recebia na pasta) até ser dispensada em março de 2017.

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