Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Frota de ônibus é reduzida e aulas são suspensas em universidades no Maranhão

No oitavo dia de protesto dos caminhoneiros no Maranhão os reflexos já podem ser observados em diversos setores no estado. Nesta segunda-feira (28) a frota de ônibus foi reduzida em 70% na capital, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís (SET). Além disso, os campus de universidades no Maranhão decidiram paralisar as suas atividades por conta da falta de combustível.

Mesmo após o anúncio do presidente Michel Temer no domingo (27) de que atendeu todas as reivindicações dos caminhoneiros, a categoria segue concentrada em diversos pontos de rodovias no Maranhão.

Entre as medidas anunciadas pelo o governo está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias, e a isenção de pegamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.

Veja os principais reflexos da paralisação no estado:

Transporte público

Em São Luís, os reflexos do protesto dos caminhoneiros são vistos em pontos de ônibus e terminais com muita gente esperando pelo transporte coletivo, já que os coletivos tiveram a sua frota reduzida a 70%, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís (SET). De acordo com o SET, a medida visa garantir um atendimento mínimo na cidade por conta da falta de combustível.

Combustível

Neste domingo (27), o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (Sindcombustíveis-MA) anunciou que 30 dos 250 postos da capital já receberam combustível. Para o interior do estado, uma operação é realizada para transportar o combustível via ferry boat até cidades.

Alimentos

O protesto dos caminhoneiros também gerou reflexos no setor alimentício no Maranhão. De acordo com o presidente da Ceasa, Milton Gadelha, os produtos considerados essenciais aos consumidores como tomate, cebola e batata faltam nas prateleiras por falta de abastecimento. No domingo (27), um fornecedor que recebeu cargas de limão e tanja na Ceasa chegou em São Luís com parte da mercadoria estragada.

Aeroporto

De acordo com Infraero, o Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, situado em São Luís, opera normalmente e o nível de combustível é estável no momento.

Até o domingo (27), dois voos foram cancelados no aeroporto da capital. A companhia informou que o cancelamento ocorreu pela falta de combustível. A Infraero recomenda que os passageiros busquem informações sobre a situação cada voo junto com a companhia aérea.

Segurança

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou que o policiamento feito pela Polícia Militar e trabalhos da Polícia Civil não terão interrupção por conta da falta de combustível. A SSP-MA explicou que caso haja prolongamento dos protestos já elaborou um plano logístico para o abastecimento das viaturas, garantindo que a segurança não seja prejudicados.

Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que, até o momento a greve dos caminhoneiros não prejudicou o abastecimento das unidades da rede estadual.

Segundo a Prefeitura de São Luís não houve qualquer interrupção de atendimentos nos equipamentos municipais de rede pública de saúde, incluindo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que segue atendendo as demandas na capital.

Serviços

Segundo a Prefeitura de São Luís o transbordo para a Central de Tratamento de Resíduos Titara, no município de Rosário na BR-135, segue lento por conta do bloqueio em pontos da rodovia. Ainda segundo a prefeitura, a limpeza pública, serviços da capina, roçagem, varrição, serviços de iluminação pública, fiscalização de trânsito, Guarda Municipal, Defesa Civil e coleta domiciliar estão sendo executados normalmente.

Educação

Por conta da greve, a Universidade Federal do Maranhão (Ufma) anunciou no domingo que em virtude da falta de combustível as atividades no campus serão suspensas nesta segunda-feira (28). Apenas as atividades administrativas continuarão acontecendo normalmente.

Além da UFMA, outras instituições de ensino superior também anunciaram o cancelamento das aulas na segunda (28). Foi o caso da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), do Ceuma, da UNDB, da Estácio e do Pitágoras.

 

Com informações do G1MA

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