Ellen Nascimento

Blog Jornalístico

Maranhão poderá ser sede do call center do INSS e gerar mais de mil vagas de empregos

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A bancada do Maranhão no Congresso Nacional garantiu a inclusão de municípios maranhenses na licitação realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para contratação de empresa que deverá prestar o serviço de call center (central telefônica). Segundo explicou o deputado federal e coordenador da bancada, Rubens Júnior (PCdoB), o edital divulgado não incluía nenhuma cidade do estado. “O novo certame contemplará São Luís e Imperatriz. Esta foi mais uma articulação da bancada, que marchou junta para garantir mais oportunidades para o Maranhão”, anunciou o parlamentar.

Um encontro com o presidente do INSS, Leonardo Gadelha, com os deputados federais Rubens Junior, José Reinaldo (PSB) e Pedro Fernandes (PTB) aconteceu nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), para que os parlamentares maranhenses apontassem as mudanças necessárias no edital de licitação lançado pelo Instituto.

O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, destacou que o apontamento da bancada foi bastante correto. “O nosso contrato está vencendo e com a nova licitação, todas as cidades que possuem gerência executiva têm condição legal para instalar a central telefônica. Por um equivoco as cidades maranhenses foram excluídas dessa lista. Graças ao trabalho dos parlamentares, a correção poderá ser feita em tempo hábil”, disse.

Ainda de acordo com Gadelha, a central telefônica permite que todo o cidadão brasileiro possa fazer agendamentos junto ao INSS, seja de marcação de perícias, ou confirmar os dados cadastrais, por exemplo. “Com a nova licitação, a empresa vencedora, que poderá ser de São Luís, deverá oferecer 1,3 mil postos de atendimento, ainda no final de 2017”, finalizou o presidente.

MPMA oferece Denúncia contra Lidiane Leite e mais cinco réus

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Devido a diversas fraudes em processos licitatórios para aquisição de merenda escolar, o Ministério Público do Maranhão ofereceu denúncia, no último dia 16, contra a ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite e outros cinco réus.

Pelo mesmo motivo, a Justiça já tinha determinado em caráter liminar, em 11 de agosto, a indisponibilidade dos bens dos réus, até o limite de R$ 5.692.849,88. As ilegalidades foram cometidas em dois pregões presenciais, realizados em 2013 e 2015.

Além da ex-prefeita, também foram denunciados o ex-secretário de Articulação Política, Humberto Dantas dos Santos (conhecido como Beto Rocha), o ex-pregoeiro municipal Marcos Fae Ferreira França, os empresários Lindoracy Bezerra Costa e Jonas da Silva Araújo e o fazendeiro José Raimundo dos Santos, tio de Beto Rocha.

Para o promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira, titular da Promotoria de Bom Jardim, os réus praticaram diversos crimes, como associação criminosa; peculato; falsidade ideológica; corrupção passiva; corrupção ativa, além dos crimes dispostos na Lei das Licitações (8.666/93).

Segundo o membro do Ministério Público, as fraudes nas licitações tiveram “a nítida finalidade de afastar demais licitantes e de patrocinar interesses privados dos empresários que celebraram os contratos”.

Conforme as investigações concluíram, a merenda escolar não foi fornecida nos anos de 2013 a 2015, e mesmo assim Beto Rocha e Lidiane Leite transferiram os recursos financeiros do município para as empresas rés.

ESQUEMA PARA FRAUDAR LICITAÇÕES

De acordo com a Denúncia, Beto Rocha montou um grande esquema para fraudar licitações, utilizando-se do cargo e da anuência de Lidiane Leite para desviar recursos. “Ele escolheu os membros das Comissões Permanentes de Licitação e os obrigou, por intermédio de Marcos Fae, a assinar documentos licitatórios ideologicamente falsos. Na sequência, escolheu os empresários de sua confiança, inclusive a esposa de seu tio, Lindoracy, para celebrar contratos de fornecimento de gêneros alimentícios. Ato contínuo os empresários recebiam recursos do município e não forneciam os produtos, concretizando o peculato”, narra o texto da Denúncia.

(MPMA)

Irmão de Lucas Porto agride irmã de Mariana Costa

O irmão do assassino confesso de Mariana Costa, Mateus Porto, agrediu fisicamente Juliana Costa, irmã de Mariana, na saída de Lucas Porto do Hospital Nina Rodrigues, onde fazia exame de sanidade mental para tentar escapar da punição pelos crimes de assassinato e estupro.

Mateus Porto tentou hoje ao meio dia impedir Juliana Costa de fotografar Lucas Porto quando estava saindo do hospital Nina Rodrigues. Primeiro ele deu um tapa no rosto de Juliana e em seguida a empurrou.

Juliana foi a delegacia registrando um BO contra Mateus Porto. O empresário Lucas Porto estuprou e matou Mariana Costa em novembro do ano passado. Ele foi preso no mesmo dia do crime e confessou tudo.

Lucas Porto esteve na colônia Nina Rodrigues para fazer exames que comprovem que tem problemas mentais. Os exames foram feitos e os resultado será conhecidos em 60 dias.

Convênio para criação de curso superior de Engenharia Aeroespacial é assinado no Maranhão

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A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Base de Lançamento de Alcântara (CLA) assinaram, nessa terça-feira (15), um convênio que prevê a criação do primeiro curso superior de Engenharia Aeroespacial do Maranhão.

A parceria irá permitir o desenvolvimento de pesquisas aeroespaciais e a formação de novos profissionais na área. Para a reitora Nair Portela, o convênio é um marco histórico para o estado do Maranhão e o programa aeroespacial brasileiro. “É uma alegria muito grande estarmos escrevendo essa página da história maranhense. “Quando eu, recém chegada ao cargo de reitora da universidade, recebi essa proposta grandiosa, aceitei de prontidão, com a certeza de que todos iriam apoiar. Levamos para debate aos cursos de engenharia e nossos parceiros na universidade e a proposta foi aceita por unanimidade”, pontuou.

O deputado federal José Reinaldo, um dos idealizadores da proposta, falou sobre as grandes oportunidades que serão geradas com a formação de profissionais da área. “O CLA ainda atrairá muitas empresas e laboratórios de diversos países, além de grande parte do desenvolvimento tecnológico, e para isso precisaríamos de uma formação de pessoal altamente qualificado”, enfatizou.

O curso da UFMA será o primeiro do Brasil a tratar especificamente do lançamento de foguetes e do rastreio espacial. Segundo Nair Portela, a ideia é dar recursos de alta qualidade para a UFMA desenvolver bons profissionais.

“Os técnicos da base de Alcântara vão ajudar para dar o caráter mais profissional e os professores do ITA vão participar periodicamente do curso, presencialmente ou à distância, além de existir a possibilidade de um intercâmbio dos alunos em São José dos Campos, para estágios”, afirmou o reitor do ITA, Anderson Correia.

Para o diretor do CLA, Cel. Luciano Rechiuti, um dos principais objetivos do curso é conseguir unir os conhecimentos que existem agregados nas três instituições, ou seja, utilizar toda experiência acadêmica do ITA, o conhecimento operacional que existe na base de Alcântara para que possa ser utilizado pela UFMA na formação dos profissionais, dinamizando o curso, para que ele possa ser diferenciado e que traga resultado tanto para a UFMA quanto para o CLA.

BNDES faz ofensiva contra irmãos Batista

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Um dia depois de o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, defender que empresários presos voltem a trabalhar em suas companhias para conter efeitos “lavajáticos” na economia, a BNDESPar, braço de participações do banco, surpreendeu advogados e o mercado com manifestação pública de sua intenção de voto na próxima assembleia da JBS, em 1º de setembro. Num movimento pouco usual, a subsidiária — que é sócia do frigorífico — adiantou em seu site que votará a favor de que a própria empresa mova uma ação de responsabilidade contra os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, pelos prejuízos causados ao patrimônio da companhia, decorrentes “dos atos ilícitos confessados” no âmbito do acordo de delação premiada. Na prática, a intenção do banco é afastar Wesley do dia a dia da empresa. Joesley já está afastado desde o fim de maio, quando renunciou à presidência do Conselho de Administração da JBS.

A Lei das S.A. prevê, em seu artigo 159, que a empresa tem o direito e o dever de entrar com ação de responsabilidade civil contra os administradores em caso de dano ao patrimônio, desde que o tema seja deliberado em assembleia de acionistas. Em caso de aprovação, “o administrador ou administradores contra os quais deva ser proposta ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mesma assembleia”, diz a lei. Ou seja, Wesley Batista, que é presidente global da JBS, pode perder o mandato em 1º de setembro. Para isso, basta que o voto da BNDESPar seja seguido por outros minoritários, de modo a obter aprovação por maioria simples.

MINORITÁRIOS DEVEM SEGUIR VOTOS DO BNDES

A BNDESPar tem 21,3% da JBS e é a maior acionista individual, excetuando a família Batista, que detém 42,16% das ações. Recentemente, o banco teve de adiar possíveis baixas contábeis por perdas com esse investimento. A expectativa do mercado é que outros acionistas, como Caixa Econômica Federal, alinhem sua posição com a do banco. Além disso, vários fundos estrangeiros são acionistas da JBS. Eles podem usar o posicionamento do banco como referência para orientar seu representante na assembleia. Em sua delação premiada, os executivos da JBS admitiram o pagamento de propina a políticos, inclusive com o caixa da empresa, para obter favores. Após a revelação da delação pelo GLOBO, em 17 de maio, os papéis da companhia chegaram a se desvalorizar 37%. Mas estão se recuperando e, ontem, acumulavam queda de 8,5%, após subirem 1,05%, para R$ 8,69.

— Estamos absolutamente alinhados com a posição da BNDESPar. É um momento também de moralização do país — disse Aurelio Valporto, vice-presidente da Associação de Investidores Minoritários do Brasil, que reúne alguns acionistas da JBS.

Além de Joesley e Wesley Batista, a BNDESPar defende, na sua intenção de voto, que a ação seja ajuizada também contra os ex-administradores da companhia Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva, igualmente delatores. A subsidiária do banco de fomento pede que a ação seja ajuizada em até 90 dias após a realização da assembleia. Defende, ainda, que seja contratada auditoria forense externa independente para quantificar os danos gerados em função dos atos ilícitos e identificar outros responsáveis, caso haja algum.

— Claramente, a BNDESPar divulgou sua intenção de voto para influenciar os demais acionistas e marcar posição. É uma medida pouco usual — afirma Lionel Zaclis, sócio do Barreto Ferreira Brancher BKBG.

Mesmo que o número de votos favoráveis à aprovação da ação não alcance o mínimo necessário, a BNDESPar poderia entrar na Justiça contra os administradores e controladores da JBS, em nome da empresa. É uma prerrogativa prevista na Lei das S.A. daqueles que detêm mais de 5% de ações da companhia. De uma forma ou de outra, os recursos eventualmente levantados com indenizações pagas pelos acusados vão para o caixa da empresa.

A perspectiva de um eventual afastamento de Wesley das operações da JBS, com a divulgação do voto da BNDESPar, foi bem recebida entre investidores. Na avaliação de uma corretora de grande porte americana, que acompanha papéis de empresas brasileiras, tanto a JBS como sua controladora, a J&F, estão reagindo bem à crise que atravessam, vendendo ativos com agilidade. A JBS se desfez de operações no Mercosul e negocia a venda da Moy Park, na Europa. A J&F já acertou a venda de sua fatia na Vigor e da Alpargatas, dona das sandálias Havaianas.

— O que ainda atrapalha a JBS é a governança. Um possível afastamento dos integrantes da família Batista seria bom para a empresa — disse o sócio dessa corretora.

AUMENTO DA REMUNERAÇÃO EM R$ 10 MILHÕES

A JBS não comentou a intenção de voto da BNDESPar. Limitou-se a dizer que “a administração da companhia está trabalhando intensamente na adoção de diversas medidas sempre no melhor interesse da JBS e de seus acionistas” e que “todas as decisões tomadas pelo atual Conselho de Administração foram deliberadas por unanimidade”. O BNDES não fez comentários além daqueles já contidos no documento publicado em seu site.

Com cinco páginas, o documento é assinado por Eliane Lustosa, diretora do BNDES para Mercado de Capitais e diretora da BNDESPar, e traz a posição defendida pela subsidiária do banco para vários itens da pauta da assembleia de 1º de setembro, convocada a pedido da instituição. A BNDESPar manifestou, por exemplo, sua oposição à mudança na estrutura e aumento do montante de remuneração dos integrantes da diretoria executiva, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da JBS. Pela proposta, a remuneração desses executivos prevista para o ano de 2017 seria elevada em R$ 10 milhões, para até R$ 27 milhões.

O montante considera 17 pessoas e inclui salário, encargos do INSS, remuneração baseada em ações, entre outros. Na sua proposta, a JBS justifica o aumento afirmando que, diante do “cenário desafiador” para a companhia, é preciso “atrair e reter profissionais qualificados e reconhecidos no mercado”. Em 2016, os 15 executivos que eram da diretoria, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal receberam R$ 15 milhões.

Na intenção de voto, a BNDESPar diz que embora seja uma medida para manter e atrair profissionais de excelência, “a proposta carece de informações suficientes que justifiquem o substancial incremento de remuneração, não estando em linha com os princípios da transparência e da informação que devem guiar o mercado de valores mobiliários”.

O Globo